sexta-feira, 16 de setembro de 2022

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UM OLHAR SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO

LIMITES, RESPONSABILIDADE E FORÇA


Quando nos sentimos cansados, não é tanto pelo esforço e desgaste, que apesar de dispendidos, não nos fizeram atingir um objetivo ... é muito mais pela tentativa frustrada de mantermos o controle, de uma coisa não controlável.

O cansaço de termos feito o que era possível, é algo que se 'descansa' numa noite de sono.  Já, o cansaço de achar que poderíamos ter feito mais, além dos limites que nos cabem e que teimamos em desobedecer - esse sim, não passa nunca.  Quando não nos damos conta do roubo cometido - do que tentamos subtrair da responsabilidade alheia, puxamos para nós, cada vez mais, desafios e riscos inerentes à vida do outro, que não nos dizem respeito, diretamente.  O ‘trabalho’ que executamos, para tentar compensar o que o outro 'não faz', é o que cansa, porque chamamos para nós um peso, para o qual nossas costas não são preparadas de carregar.  Essa ‘apropriação indébita’ nos traz um cansaço, para além do físico, pois compromete seriamente, nosso bem estar emocional, devido à consequente e óbvia frustração, que nos acomete.

Os limites do que 'é meu' e o do que 'é do outro', nem sempre são claros; mais ainda, quando o resultado das ações ou omissões do outro, me afeta diretamente.  Estabelecer limites é saudável, mas para isso é preciso conhecer até onde posso ir, sem invadir o espaço do outro, sem roubar a sua força e dignidade.  O mesmo vale para o outro em relação a mim.













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