quinta-feira, 1 de setembro de 2022

1530




POR HORA, NÃO É HORA

Nestas manhãs claras e frias, o ar gelado entra pesado pelas narinas, a pele se ressente do toque exagerado do vento.  Nestas manhãs, sonhamos com brisas mais quentes, roçando nosso corpo e com respirações menos sofríveis.  Eles parecem estar tão longe ... as brisas e o calor! ... Sinto saudade e um medinho (não sei por quê) de que o sol forte e inclemente não volte a me incomodar, mesmo debaixo da sombra.  Mas eles estão cada vez mais perto, mais próximos de acontecerem, ainda não chegou o tempo para isso, eles virão, não no meu tempo, mas no deles - 'nem antes, nem depois'.  Por ora, é hora de ventos frios, de roupas mais quentes e um pouco mais de reclusão, de nos voltarmos para dentro, para a necessária reflexão e a inadiável renovação.


arte | alyssa monks

Nenhum comentário:

Postar um comentário