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ENTRE O PULSAR E O SENTIR
Um comportamento pode até enganar. Uma 'certa palavra' pode não ser dita e em seu lugar - embora torture o desejo da vontade contrariada - caberá uma outra, a ser pronunciada. O coração não se deixa comandar, é assim como uma criança - pura, sincera e transparente - que se achar que alguém é feio, não hesitará em dizê-lo; no entanto traz em si, uma capacidade inimaginável de amar, coisa que nenhum adulto é capaz de supor.
Trejeitos pensados, silêncios e palavras que disfarçam a real intenção, são possíveis e até aceitos como verdadeiros, porque muitas vezes convencem e agradam, pela forma como são colocados. O coração não sabe fazer isso; eu diría que ele não chegou a esse estágio de esperteza ou especialização; e acho também que essa não seja uma falta de habilidade sua, mas a constatação de que ele não se dispõe a aprender, pois nunca foi de seu interesse - vir a falsear um sentimento genuíno. Ele sabe que nasceu para ser infalível no seu 'pulsar' e autêntico e honesto no seu 'sentir - esse é o seu propósito.
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