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DE TODAS AS FORMAS
É como a majestade da natureza se manifesta. Na gota que cai sobre a superfície calma do lago, e forma uma coroa perfeita. No arco luminoso e colorido, desenhado sobre as goticulas de chuva, quando a luz do sol as atravessa, em espetáculo visível. Um por do sol, é apreciado com grande prazer; uma leve brisa, enquanto roça e acaricia a nossa pele, traz ao nosso olfato, um suave perfume, que tentamos reconhecer. São dádivas incondicionais, dadas a nós, por misericórdia ou compaixão, quem sabe - por essas duas razões acumuladas.
À tempestade e à fúria dos ventos, todos se rendem - os animais, os homens, todos silenciam e se aquietam - até nisso há majestade! As paisagens, tão diversificadas! ... sempre haverá uma, que ainda nunca vimos! O que dizer dos sabores? ... são tantos, que talvez nem conheçamos todos!
O riso despretencioso das crianças soa como um alívio às preocupações e como música, aos nossos ouvidos - porque é capaz de iluminar algum recanto escuro dentro de nós. Um pedacinho de felicidade recebido, quando dois bracinhos sinceros nos envolvem o pescoço, pode remendar um buraco que trazemos desde sempre.
A entrega dos vegetais que nos alimentam, a devoção dos animais que nos acompanham; cada espécie, cada reino da criação obedece à sua partitura, na sinfonia executada por todos nós.
Quando tudo parece perdido, um caminho se delineia tímido, em meio às sombras, apontando a direção. Com o tempo, é possível perceber, que haviam outros que se destacam à nossa frente ... e que de fato, nunca estivemos sós, sempre houve pelo menos um par de mãos amigas, engrossando nossa coragem, reiterando a nossa força.
As sensações ... nos surpreenderão e a renovação nos atingirá, enquanto tivermos vida e consciência. As noites, nos darão tempo para o descanso e a reflexão. Todos os dias, a manhã nos presenteará como novas oportunidades. O ar estará disponível aos pulmões, a vida proverá o necessário - à manutenção do nosso corpo, à lapidação do nosso espírito.