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POR MIM MESMO
Caso seja uma dádiva, me coloco de braços abertos e joelhos fletidos. Se for um pecado, ofereço minhas mãos à antiga palmatória, meu pescoço à sentença e o meu futuro à expiação.
Por mim mesmo, não me decido, se uma coisa ou outra; porque deslizo sobre a tábua suspensa pelo centro, que oscila, entre o êxtase e o desespero - polos diametralmente opostos.
Devo ser honesto e justo, sobretudo por mim mesmo: não posso dizer que esperaria coisa diferente. Ficasse eu, sem subir e descer, nunca saberia o que é retornar, ao aconchego da casa que conheço tão bem.
26/05/21
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