quarta-feira, 26 de maio de 2021

1352

POR MIM MESMO




Caso seja uma dádiva, me coloco de braços abertos e joelhos fletidos.  Se for um pecado, ofereço minhas mãos à antiga palmatória, meu pescoço à sentença e o meu futuro à expiação. 

Por mim mesmo, não me decido, se uma coisa ou outra; porque deslizo sobre a tábua suspensa pelo centro, que oscila, entre o êxtase e o desespero - polos diametralmente opostos.

Devo ser honesto e justo, sobretudo por mim mesmo: não posso dizer que esperaria coisa diferente.  Ficasse eu, sem subir e descer, nunca saberia o que é retornar, ao aconchego da casa que conheço tão bem.

                                                                                                                               26/05/21

Nenhum comentário:

Postar um comentário