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UM OLHAR SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO
CARTA AO PROVOCADOR PERSISTENTE
Eu me reservo o direito de ficar calado, perante os ‘anzóis
e arpões’ dirigidos a mim. Nas várias
tentativas, de conter seus ataques, fiz uso de muitas táticas: usei de
linguagem normal, levei na esportiva, respondi de forma agressiva, usei de
palavras assertivas e calmas, até fiz cara de paisagem! Como nenhuma delas funcionou, para deixar
claro o quanto suas investidas me incomodam; inclusive quando, ao nada
responder, vinha sempre uma cobrança sua, para que eu me posicionasse a
respeito – eu resolvi, que às investidas sem cabimento, grosseiras e
inoportunas, responderei com o meu ‘silêncio’.
A mim, está muito claro, que existe de sua parte um empenho ferrenho ofensivo, de
ser opositor e desafiador, querendo permanecer no controle da situação, e quando não há intenção sua de escutar e acolher de fato o seu interlocutor, com o fim de distorcer a comunicação a seu favor.
Muito longe de conseguir lhe convencer, sobre a inadequação
dessa dinâmica, sinto que contribuia ainda mais, para reforça-la, pois as
respostas ficam cada vez mais inflamadas, o que desgasta a relação. Se as perguntas idiotas não
merecem resposta, as provocações constantes e que ferem, também não. Aprendi que de alguma forma eu me deixava
atacar, porém agora, vou exercitar a minha ‘surdez seletiva’, para filtrar o
que não me convém.
Sei da sua necessidade de importunar, do seu prazer mórbido
de interferir no bem estar do interlocutor, usando de ‘métodos cuidadosamente calculados’,
para desestabilizá-lo; até que ele lhe responda de uma forma que lhe caiba
réplica. Informo que não darei
continuidade a esse jogo que tanto lhe interessa. Por maior que seja sua necessidade, não lhe
dá o direito de atacar ou diminuir outras pessoas, isso é antes, um sinal de
deseducação - ao que não vou combater.
A minha sugestão é que você estude a sua raiva, a sua
necessidade de descarregar no outro o seu desconforto, e de certa forma, carrega-lo
com mais facilidade, porque ele foi dividido - isso é apenas uma sugestão! Sem a consciência da necessidade de mudar sua
forma de se relacionar, não há como fazer a mudança. Se quiser continuar assim, é sua escolha, mas
procure um outro parceiro, não conte comigo para rebater a sua bola, e se
insistir, ela ficará no chão.
De agora em diante, quando eu estiver calado, diante de um ‘cutucão
verbal’ seu, por favor, leia e interprete como: ‘estou ignorando!’ Simples assim.
Sem mais, espero ter conseguido passar a mensagem desejada.