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A GRANDE MENTE
Já não era um
único coração batendo, eram minúsculas bombinhas, nano-corações, pulsando por todas as
artérias e veias - um coração difuso, de vida abundante, levando e trazendo mais do que
sangue, transportando consciência a todos os espaços, por mais escondidos.
Aprendia que enquanto pulsava, respirava presente em todos as células, tecidos, órgãos
e sistemas. E enquanto se fazia presente
em cada pontinho, permitia às pequenas partes, sentirem da mesma forma, como
sentia o grande coração, conciso e localizado no meio do peito - uma explosão de sensação, emoção e sentimento à flor da pele, percepções desconhecidas até então.
Foi um exercício muito breve e não usual, mas serviu ao propósito de revelar, como seria ter um coração pensante, em cada terminação nervosa, em cada um dos sentidos, em cada ponto mais remoto. Assim, o corpo físico deixaria de ser só físico, passando a ser um ser pensante, sensitivo, capaz de apreciar espaços físicos, emocionais, vibracionais, sem precisar esbarrar ou invadir outros semelhantes a ele. Agindo como uma grande mente, sabedora e respeitadora das individualidades dos seres de toda a criação. Desse jeito, a mente não mais mentiria, nem o coração se enganaria, estariam os dois, num perfeito equilíbrio de razão e sentimento.
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