sábado, 26 de novembro de 2022

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A GRANDE MENTE

Já não era um único coração batendo, eram minúsculas bombinhas, nano-corações, pulsando por todas as artérias e veias - um coração difuso, de vida abundante, levando e trazendo mais do que sangue, transportando consciência a todos os espaços, por mais escondidos.

Aprendia que enquanto pulsava, respirava presente em todos as células, tecidos, órgãos e sistemas.  E enquanto se fazia presente em cada pontinho, permitia às pequenas partes, sentirem da mesma forma, como sentia o grande coração, conciso e localizado no meio do peito - uma explosão de sensação, emoção e sentimento à flor da pele, percepções desconhecidas até então. 

Foi um exercício muito breve e não usual, mas serviu ao propósito de revelar, como seria ter um coração pensante, em cada terminação nervosa, em cada um dos sentidos, em cada ponto mais remoto.  Assim, o corpo físico deixaria de ser só físico, passando a ser um ser pensante, sensitivo, capaz de apreciar espaços físicos, emocionais, vibracionais, sem precisar esbarrar ou invadir outros semelhantes a ele.  Agindo como uma grande mente, sabedora e respeitadora das individualidades dos seres de toda a criação.  Desse jeito, a mente não mais mentiria, nem o coração se enganaria, estariam os dois, num perfeito equilíbrio de razão e sentimento.

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