sábado, 20 de janeiro de 2018




QUARTOS E DIAS
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arte: catrin welz stein




Nossa trajetória não é nada cinematográfica, uma coisa sem glamour. Não vamos atingir o peso desejado, nem ao que nos fizeram acreditar que alcançaríamos. Seremos sempre um coelhinho atrás de uma apetitosa cenoura.

É como estar num quarto fechado, num dia de calor infernal, com roupas pesadas, de frente a um ventilador recém desligado - embora suas pás ainda girem, sentimos faltar o ar.  E são muitos quartos fechados, muitos dias de calor infernal!

Não é superlativa, tampouco absoluta.  Não temos uma trilha sonora que nos acompanhe, nem quem nos retoque a maquiagem.  Se por acaso, ficarmos sem fala, não haverá quem nos sopre aos ouvidos - nada adequado para se dizer.

É uma constante improvisação e adequação, a remediar e a re_inventar saídas.

A figura que a espuma faz formar sobre a água,  pode mostrar-se como uma silhueta humana, mas um simples pingo ou brisa, pode transformá-la em algo irreconhecível. 




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