RE_EDIÇÃO _____________
Homenagem à querida vó 'Maria' que partiu há exatos dez anos!
‘Maio sem Maria’
Não me deste a
carne por absoluta impossibilidade biológica.
Não nasci do teu
ventre, que já era estéril.
Nasci do coração,
que até o fim, nunca sofreu de esterilidade.
Até em tua
penúltima morada, com teu corpo já sem vida, reuniste os que te amaram,
em torno de ti.
Naquela madrugada,
era como se fosse festa, como nas tardes em tua casa; com
café, bolo e união; que só tu sabias oferecer a quem chegasse.
Falamos de nossas
infâncias ao teu lado, do teu colo quente, sob teu carinho, absorvendo da tua
experiência e sabedoria.
A parte melhor do
que sou, devo a ti, e a pior, é apenas resultado do que não te escutei...
Ao render-te as
minhas últimas homenagens, me peguei enxugando as lágrimas, com um lencinho que
me deste de presente. Parece que até nisso pensaste, num lenço para
poder chorar tua perda!
(11/05/07)
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