Fragmentos - 296 _____________
Oh telhado de vidro! Que bonito és!
Tu me permites ver o céu e tudo o
mais
... também te colocas em risco, à
mercê
de uma pequena pedra - vinda ao acaso
destruir-te em muitos destroços
fazendo de mim tua primeira vítima!
Telhado de vidro, ou como queiram:
ponto nevrálgico, olho do coco
ou calcanhar de Aquiles!
É verdade que todos têm pequenas
falhas
pontos fracos, onde somos penetráveis
por um desconforto vindo de fora
somando-se ao que já existe dentro
e fica insuportável!
Dolorosamente, os estilhaços
são vilões, mas também curadores
eles nos vêm revelar (e é necessário que o faça)
... que a superfície de nosso belo
telhado
não era tão plana assim e o brilho refletido ... falso!
Debaixo dele existem 'coisas'
que não se encaixam - numa
desarrumação
que não damos conta de arrumar!
Depois de partido
deixa tudo à mostra: 'as coisas'!
Ao retirarmos, caco por caco
vamos encontrá-las todas ('as coisas')
... e é forçoso darmos a elas
uma nova disposição!
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