sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

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UM OLHAR SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO 

A DOR E O BURACO

 

A dor é instrumento a serviço de nossa constituição física, chama nossa atenção, para onde dói.  Seja a dor, física ou emocional, ela nos direciona para o ponto em questão, pois o sistema nervoso é muito eficaz, em nos avisar que existe um incômodo.  A presença da dor pontual ou difusa, é indicativo de que é preciso atitude, para deliberarmos sobre o desconforto.

Podemos interpretar todo o tipo de dor, como tendo um fundo emocional ... e mesmo que indiretamente e distante, essa ligação existe  Aos pensamentos alvoroçados e de grande número, ligamos a dor de cabeça - a caixa craniana é incapaz de conter a tempestade de sinapses.  Preocupações podem alterar nossa pressão arterial ou mexer com o trato digestivo; assim como o medo pode alterar a função intestinal.  Existem pressões externas, emoções mal digeridas, coisas retidas dentro de nós, que se apresentam como dores físicas. O sistema nervoso, o endócrino e o imunológico são interligados, e um abalo sentido por um, afeta os demais. 

O excesso de atividade e repetidos movimentos resultam em fadiga muscular, perda de força, até que se dê o devido descanso, para refazimento das fibras musculares.  O exagero na alimentação ou na bebida provoca distúrbios em vários órgãos, até que se tenha a consciência, do real processo desencadeado, pela sobrecarga causada ao sistema digestivo, tentando dar conta da ingestão excessiva. 

Posso associar uma fome descomunal a algum tipo de carência emocional ou até mesmo de privação real de alimento, ocorrido em uma outra situação e época.  Esse fato me faz buscar uma saciedade nunca alcançada, porque a fome fisiológica tem fim com o alimento, mas não a emocional.  Os danos físicos gerados pelo descontrole e desregramento, têm sua raiz num vazio emocional.

As dores emocionais podem nos levar aos vícios de todos os tipos, desde encher nosso corpo com alimentos demais, até colocarmos nossa vida em risco, na tentativa impulsiva de taparmos nossos buracos, com coisas indevidas.  



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