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BORBOLETAS E FLORES
Vieste preencher um espaço desconhecido. Desbravaste território, de há muito, vazio e esquecido; no meio de tantos outros, já tomados e delimitados, por posses adquiridas, pelo tempo e pelo costume. Algo parecido como extensão de terra, de que antes, nunca se tinha ouvido falar e sem constar no mapa, por não se saber da sua existência.
E o chão era fértil, um lugar bonito e ensolarado, onde a alegria vivia solta e a esperança era uma criança que corria atrás das borboletas e cheirava cada uma das flores. Foi nele que fizeste abrigo, que depois se tornou raiz, explodiu em sombra e deu seus próprios frutos. O lugar nem recebera um nome; não se construiu cercas, porque fora desnecessário.
Aquela terra nunca mais foi vazia, nem esquecida; as borboletas e as flores ainda estão por lá, sei bem onde ela fica.
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