sábado, 18 de junho de 2022

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O SAPO E O HOMEM

 

Guardadas as devidas proporções, de diferenças entre os dois, devido ao nível de evolução e a própria natureza de cada um, estamos todos sujeitos à mesma lei – a do progresso.

Minha sábia avozinha já dizia: “a necessidade faz o sapo pular”. Os sapos pulam, por pular.  Os homens 'pulam', e tanto têm consciência disso, que criaram este ditado (ao que se sabe, português), que sempre esteve em voga, impulsionando a humanidade, para frente e para cima, pois sem desafios não há movimento.  Enquanto as condições se mantêm favoráveis, nada muda.  É preciso que adversidades aconteçam, no meio ambiente e no curso dos acontecimentos, que ameacem a subsistência dos seres e de toda criação de Deus.  Uma mudança que force uma nova estratégia, uma invenção, um certo cuidado a mais, para retomar a vida normal.  Estagnação é o que se vê, quando nenhum fator de risco está presente.  Escassez de alimento, perigo de morte são apenas alguns contratempos que incitam à evolução, porque à medida que se busca novos procedimentos para suprir o que foi retirado – quanto à comida e segurança, por exemplo, vemos acontecer um certo crescimento, quanto às novas maneiras de se garantir a subsistência e a proteção física ... na sequência observa-se o progresso adquirido, de pequenos a grandes passos.

Para os sapos, pular faz parte de sua espécie, mas se o alimento estivesse sempre à mão, quer dizer 'à lingua' e em abundância, é provável que não saíssem do lugar.  Para os humanos, as dificuldades de todo tipo, guerras, as privações, as doenças, são fatores que nos direcionam às novas e inusitadas descobertas, impondo-nos verdadeiras guinadas na nossa história.

Para os homens, a relação com a água é direta.  Não dizem que “a gente só muda quando a água bate na bunda”???  Não importa, se ela bater na bunda ou no pescoço, de qualquer forma é sinal, de que é preciso tomar uma atitude – uma busca urgente de defesa ou enfrentamento, em relação ao perigo que ela representa.

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