AURÉLIO VERSUS MICHAELLIS
Empoeirado e encostado, foi assim que o
encontrei. Pode-se dizer que o ‘Aurélio’, dentre todos os livros, com
muito mais poeira e por mais tempo encostado, esteja em desuso. Em lugar
de várias e ricas palavras em português, prefere-se uma só, em inglês! Por que razão? ... para que o Aurélio chegasse a esse estado tão
deplorável? É por economia de dedos?
Ou pela escolha de se adotar um idioma mais forte e dominante? Não deveria haver luta, e, no entanto, vemos acontecer,
uma bem desleal e injusta, onde suas forças vão sendo minadas, dia após
dia. Substituições de acordo com a moda,
que tornam obsoletas as formas mais perfeitas de explicação e significado. Somos nós mesmos, quem aplicamos os golpes. É de
revirar os bofes!
Sem dúvida, embora muito mais versátil ... (e por quê
não dizer, de robusta essência e pura poesia!) ... não tem chance alguma, contra
um adversário, cada vez mais empavonado. Aos poucos, se usa menos de
suas riquezas e o que não entrou para o esquecimento, é empregado de maneira
deturpada ou equivocada, assassinado quando escrito. Pesam sobre ele a burrice e a
preguiça, não as dele, mas as nossas.
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