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COM A BOCA DE TODOS OS DENTES
26/04/20
No fundo de si, acalentava um desejo ... uma quase certeza ... de que havia um naco de alegria, reservado a ela - para ser abocanhado, pela sua boca cansada de reivindicar e maldizer. Essa crença, era seu alimento - o que a mantinha viva e de pé.
Em dado momento, através de suas pernas firmes, iria ao encontro da alegria, mostrada em toda a sua graça ... e assim, caminhariam juntas, lado a lado.
Quando se visse à frente, da alegria tão esperada ... olharia para ela, com olhos brilhantes. Quando ao sorrir-lhe, o faria com uma boca de todos os dentes; ao senti-la, a sentiria, com todo o vigor do músculo pulsante em seu peito.
Era isso que ela queria ... o que lhe estava reservado e pelo que tanto esperava, nem mais nem menos.
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