sábado, 23 de dezembro de 2017


RE_EDIÇÃO 
Roseli, o tanquinho e eu
21/12/15


arte: cheiro de alecrim


A vilã vem primeiro, Roseli,  prima caçula de minha mãe.
O tanquinho, objeto do drama.
Eu, dona do tanquinho e vítima.

Vou contar como foi:

O tanquinho foi presente de meu avô materno, acho que mandou fazer sob medida, porque era idêntico a um de verdade, só que em tamanho bem menor... nunca vi outro igual!
Eu brincava com ele todos os dias, e depois guardava com todo cuidado, em cima de uma lata no quintal. Tinha que ser bem colocado pra não cair... e isso eu fazia sempre, não queria que nada acontecesse ao meu brinquedo tão original!
Um dia, Roseli veio nos visitar junto com sua mãe, tia Lila.

Ela é uns dez anos mais velha que eu, já era uma adolescente, eu uma criança. Encantou-se com o meu brinquedo e quis brincar com ele. Brincamos... Pelo menos acho que brincamos. Na hora de colocá-lo no lugar, ela quis fazê-lo e fez.  Ela era maior então, devia saber o que fazia!

Sempre achei que foi de propósito... Na manhã seguinte, não havia mais brinquedo, apenas alguns cacos de concreto espalhados pelo chão, com eles a minha tristeza!
A responsável pela destruição do meu brinquedo não tinha sido eu, que gostava tanto dele! Por muito tempo eu cuidei muito bem dele até que, Roseli viesse e acabasse com a minha alegria!
Nunca ninguém ligou pra minha raiva, mas eu fui responsabilizada por ele ter caído e se partido em cacos! Me disseram: "Também você não guardou direito, bem feito!". Foi assim que me tornei a "vítima" e ela vilã!



Um comentário:

  1. É tudo verdade, o tanquinho existiu, foi presente do meu avô. Foi assim mesmo que ele se acabou, em cacos, pra minha tristeza.

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