sexta-feira, 14 de julho de 2017



  CHEIA, COLCHEIA                               483








Uma lua inteira,  se reflete à terra,
presa à uma engrenagem que emperra
... tão grande que posso escutá-la
... tão perto que posso tocá-la!

Eu conto as suas muitas crateras,
são marcas disformes e profundas,
de outras, de muitas e muitas eras!
Nela, imagino algumas corcundas!

Uma senhora sem seus véus,
mostra-se corajosa nos céus,
entrega-se ao nosso estudo
e isso? não nos é tudo!

Mesmo sem disfarce ou fantasia,
ela nos encanta  em demasia ...
Mas no estudo, é ela que estuda a nós,
vamos morrer nessa ignorância atroz!

Enquanto sua magia permanece,
com sua história ignorada ...
seu encantamento prevalece,
teremos sua verdade inexplorada!

E o lobo, que uiva pra lua amarela ...
sabe que com seu uivo, aumenta o seu poder 
e bem maior do que ele é ... isso o faz parecer!
Será que pra ele, a lua é bela?

Me vem a cabeça, não uma bola,
mas uma elipse com sua bandeirola
à direta de sua haste - uma colcheia ...
Ao menos isso aprendi na escola ...
não muito, apesar do bom professor!
Eu, como aluno de música, era um terror!

É elíptica,  a órbita lunar!
E eu fico a admirar - seu brilho, o luar!




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