sábado, 3 de fevereiro de 2024

1633




CONFESSO

Espalho pranto seco e silencioso

pelos dias, noites, ruas e vielas.

Arrasto no espírito, certas sequelas

já que meu corpo, tão voluntarioso

insiste em te procurar e saber

por onde andas, como estás?

Para que me vejas, bem atrás(?)

ou de só, o mesmo caminho tanger(!)

um olhar, contigo cruzar(?)

receber um aceno, um sorriso!

Nessa hora, eu simulo um improviso

como se te encontrasse, por um acaso

como um simples transeunte!

Então, minha alegria eu extravaso!

Declaro, veementemente

que nenhum crime cometi

além de girar ao teu redor

e querer ser merecedor!

Sou um satélite em torno de ti

sempre quieto e obediente

visível ou na obscuridade

presente ou transparente

sonhando com a reciprocidade!



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