1609
POR ENTRE AS CATARINAS
O hálito fresco da manhã sopra em minhas narinas e, por artimanha, atravessa as catarinas. Me faz esquecer do gosto da noite, deslizando pelo céu da minha boca.
Em respiração que arqueja por puro deleite, desemboca num mar quente, como embarcação que veleja confiante, no escuro. Enquanto o mar tortura os rochedos, meu coração vem bater na ponta dos meus dedos.
A aorta pulsa. Escuto a vida bater à porta. Abro, é a esperança natimorta.
catarinas - seios de mulher
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