1607
Muitas vezes, me pego sendo conduzida por um pensamento, que se comporta como um cãozinho afoito na coleira, que toma a dianteira, me levando para passear, em vez do contrário; mostrando-me quem é realmente, o encoleirado da vez. Em não menos vezes, estou no lombo de um cavalo selvagem, desenfreado, sem sela ou arreio, que não se importa se me equilibro sobre ele ou se, preso a ele por cordões invisíveis, me arrasta pelo chão.
É preciso mostrar ao cãozinho, quem é que deve comandar o passeio. Devo deixar claro ao cavalo, a hierarquia da consciência da criatura que ele carrega, um ser responsável por seus atos, pelos caminhos por onde se permite andar e pelos resultados e consequências de suas escolhas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário