sexta-feira, 21 de abril de 2023

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UM OLHAR SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO

SENTINDO NA PELE

Têm coisas que os olhos veem, mas se pudessem, escolheriam não ver.  Os nervos experimentam sensações que os deixam em frangalhos; os ouvidos ficam doloridos, por palavras cortantes, que entram pelas cavidades sem portas; e igualmente aos olhos - os nervos e ouvidos, também prefeririam não terem sentido, nem escutado.

Tudo que o espírito presencia, desce e expande-se pelo corpo, através das terminações nervosas, ficando gravado na memória; não na lembrança localizada no cérebro; mas em cada uma das células do nosso corpo, pois é por meio delas que vemos, sentimos e guardamos as impressões, de tudo o que nos acontece.  A mente se encontra dispersa por toda a nossa constituição física, é por intermédio da carne, que o espírito pode sentir - ele sente na pele, literalmente.

Depois dos fatos inevitáveis, pelos quais passamos, uma memória negativa, fica como resíduo e incorpora-se à cada célula - alterando sua estrutura e funcionalidade.   Se não transformarmos o significado dessa ‘memória’, podemos ver nossas ‘unidades de vida’, serem consumidas, pouco a pouco, pela doença emocional, mental, psíquica e finalmente, física.  O corpo é feito de inúmeras partes: células, tecidos, órgãos, sistemas, todos interligados, atuando de maneira magnífica; porém o sistema nervoso, o endócrino e o imunológico têm uma ligação direta e simultânea, qualquer abalo sofrido num deles, impacta aos outros.

Impossível apagar essas memórias de tempos difíceis, que ao relembrá-las, com toda a sua carga emocional, voltamos a sentir as mesmas dores de antes.  Se não substituirmos a ‘sensação de sofrimento’, que elas carregam, por um ‘sentimento de superação’, que podem conter, seremos vítimas de nós mesmos.  Os fatos inevitáveis e desagradáveis não são opcionais, mas a releitura deles é uma escolha, que podemos fazer pela nossa saúde.



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