EU, INSANO 498
Alguém muito pesado e invisível parece ter se sentado sobre o
meu peito e espreme tudo por dentro, me falta ar.
Os olhos doem nas órbitas e
se fecham para controlar a dor. Não podem
permanecer assim por muito tempo, necessito deles abertos.
Os membros se cansaram de andar longos
caminhos e não chegarem a lugar nenhum.
As
costas se ressentem dos fardos pesados – do esforço inútil que não os tirou do
lugar.
As mãos ao contrário, estão ávidas
por fazerem algo diferente.
A cabeça ainda continua um pouco tonta, não sabe muito bem o
que fazer, mas sabe o que 'não deve repetir' – o que não me dá garantias de que
não volte a fazê-lo novamente.
Isso é insanidade!
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