quarta-feira, 19 de agosto de 2015



 as árvores de tunguska, registradas em 1927 (Foto: wikimedia commons)
  
Na manhã do dia30 de junho de 1908, um enorme meteorito explodiu na atmosfera da Terra, a 6km da superfície sobre uma região da Sibéria - especificamente perto do Rio Tunguska, uma região bastante remota. A explosão foi tão grande que estima-se que tenha tido o equivalente a 185 vezes o impacto direto de Hiroshima. O céu ficou iluminado por dias e milhares de árvores cairam. Mas foi só 19 anos depois que uma explicação para o acontecido foi formulada.
Em 1921, o curador da coleção de meteoritos do museu de São Petesburgo, Leonid Kulik, liderou uma expedição até Tunguska. Mas as condições climáticas ~tensas do local impediram que ele chegasse até o ponto da explosão. Em 1927 ele voltou. 
A princípio, os locais não queriam falar com Kulik sobre o evento - eles acreditavam que se tratava de uma manifestação do deus Ogdy, que havia amaldiçoado a área. Mas as evidências estavam lá: oito milhões de árvores caídas na horizontal, deitadas em um padrão radial - apontando para o epicentro da explosão. 37 anos depois, o mesmo tipo de padrão seria encontrado em Hiroshima. 
Eventualmente, as testemunhas da região começaram a falar. Juntou-se aos relatos as ondas sísmicas (que foram registradas na Inglaterra!), os tremores da Terra, o céu que parecia 'coberto de fogo'. 
Então a teoria mais aceita passou a ser de que uma rocha espacial de cerca de 36 metros entrou na atmosfera da Sibéria e explodiu no céu. Sua velocidade de queda teria sido de 53 mil km/h. A temperatura foi de 24 mil ºC. Não houve cratera porque a maior parte do meteorito teria sido consumida na explosão. 
Estima-se que um evento como Tunguska possa acontecer na Terra a cada 300 anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário