domingo, 19 de setembro de 2021


1404

‘GOSTARES E QUERERES’  

 




Certos 'gostares' nos causam tremores.

Sem serem dessa vida, vêm de época perdida

são do entretempo, saltam da linha do tempo

em pequenos lampejos e acordam velhos ensejos.

 

Esses 'quereres', trazem em si, seus clamores,

temores - são 'amados-calados' ...  sublimados.

Sentimentos secretos, em quereres discretos

e num olhar de viés, contudo ...  dizem tudo!

Se nascem ou renascem, não se sabe!

 

Ao amarmos a alma, o encontro desalma!

Sem carne, tempo e lugar, nos fazem relegar

postergar, ao futuro, o frágil re_nascituro.

 

Se o terreno é grande, a espada não brande

... pois então, sempre haverá espaço aos dois:

aos quereres da carne, aos amores de cerne!



os gostares e os quereres (substantivos) - o mesmo que amores

desalma - retira a alma, o mesmo que desencontro


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