Homenagem à querida
vó Maria!
Maio sem Maria
Não me deste a carne
por absoluta impossibilidade biológica.
Não nasci do teu ventre, que já era estéril.
Nasci do coração,
que até o fim, nunca sofreu de esterilidade.
Até em tua penúltima morada, com teu corpo já sem vida, reuniste os que te amaram, em torno de ti.
Naquela madrugada,
era como se fosse festa, como nas tardes em tua casa; com café, bolo e união; que só tu sabias
oferecer a quem chegasse.
Falamos de nossas
infâncias ao teu lado, do teu colo quente, sob teu carinho, absorvendo da tua
experiência e sabedoria.
A parte melhor do
que sou, devo a ti, e a pior, é apenas resultado do que não te escutei.
Ao
render-te as minhas últimas homenagens, me peguei enxugando as lágrimas, com um
lencinho que me deste de presente.
Parece que até nisso pensaste, num lenço para poder chorar tua perda. (11.05.07)
©
Ah vô Maria!! As lembranças constantes de ti acalentam a alma de forma suave, doce e terna. És a personificação do amor incondicional!
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