quarta-feira, 22 de outubro de 2025

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MADREPÉROLA


A cada manhã, na disposição de continuarmos a partir de onde paramos ou de reiniciarmos de outra forma, e dessa vez fazermos melhor do que antes; os grãos de areia que nos ferem os olhos, a pele, o coração, são revestidos com o nácar valioso da nossa superação.


Porque a dor, ah a dor!  Sempre existirá.  E o que dói em mim, pode não doer em ti, e não há como descrever com precisão a dor, só sendo sentida, é que saberemos o que é.


Levando em conta a sensibilidade de cada um ou a capacidade de suportar; a despeito de todo cuidado, de toda atenção que se possa ter para evitá-la, mesmo assim, ela vai doer.


Algumas dores, sabemos identificar onde dói, em qual parte do corpo; outras, parecem doer em alguma parte inexistente dele, e essas são as dores da alma.


A cada recomeço, colocamos mais e mais camadas de nácar.  Somos fazedores de pérolas


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