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MADREPÉROLA
A cada manhã, na disposição de continuarmos a partir de onde paramos ou de reiniciarmos de outra forma, e dessa vez fazermos melhor do que antes; os grãos de areia que nos ferem os olhos, a pele, o coração, são revestidos com o nácar valioso da nossa superação.
Porque a dor, ah a dor! Sempre existirá. E o que dói em mim, pode não doer em ti, e não há como descrever com precisão a dor, só sendo sentida, é que saberemos o que é.
Levando em conta a sensibilidade de cada um ou a capacidade de suportar; a despeito de todo cuidado, de toda atenção que se possa ter para evitá-la, mesmo assim, ela vai doer.
Algumas dores, sabemos identificar onde dói, em qual parte do corpo; outras, parecem doer em alguma parte inexistente dele, e essas são as dores da alma.
A cada recomeço, colocamos mais e mais camadas de nácar. Somos fazedores de pérolas

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