Se você apoiar algum movimento para impedir os seres humanos profundamente inconscientes de se destruírem a si próprios, uns aos outros e ao planeta, ou de continuarem a infligir terríveis sofrimentos a outros seres sensíveis, lembre-se: tal como não pode lutar contra as trevas, também não pode lutar contra a inconsciência. Se o tentar fazer, as polaridades opostas tornar-se-ão mais fortes e mais profundamente enraizadas. Você passará a identificar-se com uma das polaridades,criará um "inimigo" e será arrastado para a inconsciência.
Alerte as pessoas distribuindo informação, ou, pelo menos, praticando a resistência passiva. Mas certifique-se de que não transporta nenhuma resistência interior, nenhum ódio, nenhuma negatividade. "Ama os teus inimigos", disse Jesus, o que, evidentemente, significa "não tenhas inimigos".
Eckhart Tolle (O Poder do Agora, pág. 206)
Queremos paz ou queremos drama?
Queremos paz. Não há ninguém que não deseje a paz. Contudo, há outra coisa dentro de nós que aspira ao drama, ao conflito. É possível que não seja capaz de o sentir neste momento. Pode ser necessário esperar por uma situação, ou mesmo apenas por um pensamento, para desencadear uma emoção em si: alguém que o acusa disto ou daquilo, que não reconhece o seu valor, que invade o seu território, que põe em causa o modo como você faz as coisas, uma discussão relacionada com dinheiro...
Consegue então sentir a gigantesca onda de energia a percorrê-lo, o medo, talvez disfarçado de ira ou hostilidade? É capaz de ouvir a sua própria voz a tornar-se irritante, estridente ou mais alta e algumas oitavas abaixo? Consegue ter consciência da sua mente a apressar-se a defender a sua posição, justificando, atacando, culpando? Por outras palavras, consegue despertar nesse momento de inconsciência?
Consegue sentir que há algo dentro de si que está em guerra, algo que se sente ameaçado e quer sobreviver a todo o custo, que precisa do drama para reivindicar a sua identidade como personagem vitoriosa dentro da encenação teatral? É capaz de sentir que há algo dentro de si que prefere estar certo a estar em paz?
Eckhart Tolle (Um Novo Mundo, pág. 68)
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