Para além da mente racional
É muito fácil uma pessoa ficar encarcerada nas suas próprias prisões conceptuais.
Na ânsia de conhecer, de entender e controlar, a mente humana confunde as suas opiniões e pontos de vista com a verdade. Afirma: isto é assim. Teremos de ser mais abrangentes do que o pensamento para percebermos que qualquer interpretação que se tenha sobre a "nossa vida" ou a vida e o comportamento dos outros, qualquer juízo que se faça sobre uma situação não é mais do que um ponto de vista, uma de muitas perspetivas possíveis. Não passa de um amontoado de pensamentos. A realidade é um todo uno, onde todas as coisas estão entrelaçadas, onde nada existe em si e por si mesmo. Porém, o pensamento fragmenta a realidade - retalha-a em mil e um pedaços conceptuais.
A mente racional pode ser um instrumento útil e extraordinário, mas também muito limitativo quando se apodera completamente da vida e o impede de ver que a mente não passa de um aspeto bastante diminuto da consciência que nós somos.
Na ânsia de conhecer, de entender e controlar, a mente humana confunde as suas opiniões e pontos de vista com a verdade. Afirma: isto é assim. Teremos de ser mais abrangentes do que o pensamento para percebermos que qualquer interpretação que se tenha sobre a "nossa vida" ou a vida e o comportamento dos outros, qualquer juízo que se faça sobre uma situação não é mais do que um ponto de vista, uma de muitas perspetivas possíveis. Não passa de um amontoado de pensamentos. A realidade é um todo uno, onde todas as coisas estão entrelaçadas, onde nada existe em si e por si mesmo. Porém, o pensamento fragmenta a realidade - retalha-a em mil e um pedaços conceptuais.
A mente racional pode ser um instrumento útil e extraordinário, mas também muito limitativo quando se apodera completamente da vida e o impede de ver que a mente não passa de um aspeto bastante diminuto da consciência que nós somos.
Eckhart Tolle
Queremos paz ou queremos drama?
Queremos paz. Não há ninguém que não deseje a paz. Contudo, há outra coisa dentro de nós que aspira ao drama, ao conflito. É possível que não seja capaz de o sentir neste momento. Pode ser necessário esperar por uma situação, ou mesmo apenas por um pensamento, para desencadear uma emoção em si: alguém que o acusa disto ou daquilo, que não reconhece o seu valor, que invade o seu território, que põe em causa o modo como você faz as coisas, uma discussão relacionada com dinheiro...
Consegue então sentir a gigantesca onda de energia a percorrê-lo, o medo, talvez disfarçado de ira ou hostilidade? É capaz de ouvir a sua própria voz a tornar-se irritante, estridente ou mais alta e algumas oitavas abaixo? Consegue ter consciência da sua mente a apressar-se a defender a sua posição, justificando, atacando, culpando? Por outras palavras, consegue despertar nesse momento de inconsciência?
Consegue sentir que há algo dentro de si que está em guerra, algo que se sente ameaçado e quer sobreviver a todo o custo, que precisa do drama para reivindicar a sua identidade como personagem vitoriosa dentro da encenação teatral? É capaz de sentir que há algo dentro de si que prefere estar certo a estar em paz?
Eckhart Tolle (Um Novo Mundo, pág. 68)
Se você for uma das muitas pessoas que tem uma questão com os pais, se ainda guarda ressentimento sobre algo que eles fizeram ou não fizeram, então acredita que eles tiveram escolha, que poderiam ter agido de forma diferente. Parece sempre que as pessoas tinham escolha, mas trata-se de uma ilusão. Enquanto a sua mente, com os seus padrões condicionados, gerir a sua vida, enquanto você for a sua mente, que escolha tem? Nenhuma. Nem sequer lá está. O estado de identificação com a mente é gravemente disfuncional. É uma forma de loucura.
Quase toda a gente sofre desta doença em diferentes níveis. No momento em que você se aperceber disto, não pode haver mais ressentimento. Como é possível você ressentir-se por causa da doença? A única resposta apropriada é a misericórdia.
Eckhart Tolle (A Prática do Poder do Agora, pág. 134)
Usar e abandonar a negatividade
Quando você se identifica com alguma forma de negatividade, não a quer abandonar e, a um nível profundamente inconsciente, não quer mudanças positivas. Seria uma ameaça para a sua identidade como pessoa deprimida, colérica ou dura. Então você passa a ignorar, a recusar ou a sabotar tudo o que há de positivo na sua vida. Esse fenómeno é comum.
A negatividade não é absolutamente nada natural. É um poluente psíquico, e há uma profunda ligação entre o envenenamento e a destruição da Natureza e a enorme negatividade que se foi acumulando na psique humana coletiva. Nenhuma outra forma de vida neste planeta conhece a negatividade, apenas os seres humanos, e também nenhuma outra forma de vida viola e envenena a Terra que a sustenta.
Já alguma vez viu uma flor infeliz ou algum carvalho com stresse? Conhece algum golfinho deprimido, alguma rã com problemas de autoestima, algum gato que não relaxe, ou algum pássaro que sinta ódio e ressentimento? Os únicos animais que ocasionalmente poderão sentir algo parecido com negatividade ou mostrar sinais de comportamento neurótico são os que vivem em contato íntimo com os seres humanos e se ligam desse modo à mente humana e à sua insensatez.
Observe qualquer planta ou animal e deixe que eles lhe ensinem a aceitar o que é, a render-se ao Agora. Deixe que lhe ensinem o Ser. Deixe que lhe ensinem a integridade - que significa ser uno, ser você próprio, ser real. Deixe que lhe ensinem a viver e a morrer, e a não fazer um problema do viver e morrer.
Eckhart Tolle (O Poder do Agora, pág. 193)
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